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Entrevista a Luciano Rodrigues – Coordenador da Unidade de Suporte Gráfico

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Entrevista a Luciano Rodrigues – Coordenador da Unidade de Suporte Gráfico

Ainda que as histórias que produzimos sejam completa ficção, cada vez mais existe a necessidade de torná-las reais. É neste sentido que o Luciano Rodrigues e a sua equipa entram em ação. Esta equipa é responsável pela criação e desenvolvimento dos mais pequenos detalhes, como o rótulo de uma garrafa de água, até aos maiores, como a construção de pavimentos de um décor ou até papéis de parede.

 

No que diz respeito ao design gráfico, quais são as etapas da gravação de uma novela ou série? E qual é a mais importante?

Para nós divide-se em duas fases, a Pré-Produção e a Produção propriamente dita, em que já estamos em gravações. A fase de Pré-Produção é aquela que considero ser a mais importante, uma vez que estamos a criar a base onde toda a história se irá desenvolver. Nesta fase, o departamento gráfico trabalha diretamente com as equipas de Cenografia e Decoração, onde inicialmente começamos por definir conceitos com base nos briefings, que nos são passados pela coordenação do projeto, acerca das personagens e dos décores em si. A partir daqui, criamos toda a imagética dos cenários (branding, pavimentos, azulejos, papel de parede, quadros, painéis de rompimento, etc.), sejam eles comércio ou habitação, onde tentamos ser o mais fidedignos possível para transmitir a veracidade que um cenário precisa.

Quando já estamos a gravar a novela, as coisas tornam-se mais fluídas e, nessa altura, o departamento gráfico trabalha diretamente com as equipas de Adereços e Decoração, os quais mantêm a continuidade do projeto. É nesta fase que também nos aparecem desafios interessantes, desde novos cenários em exteriores, como em estúdio, bem como todos os pormenores que completam a cena, tais como logótipos, cartazes, fotomontagens, livros, revistas, jornais, rótulos, embalagens, documentos, e por aí fora, tudo aquilo que possamos imaginar que contribua para marcar uma ideia ou ação.

 

Com tantos projetos que vos passam pelas mãos, o que é preciso para inovar?

Como qualquer profissional na área do Design, é necessário mantermo-nos atualizados, no que diz respeito a tendências, conceitos e técnicas de trabalho, mas o mais importante é ter uma equipa com quem possamos discutir ideias e processos para chegar ao nosso objetivo. Neste momento, sem esta equipa (Beatriz Ruivinho e Carolina Martins) era impossível criar tanta diversidade e quantidade de itens todos os dias.

 

Quais são os desafios de trabalhar em ficção?

Cada projeto traz os seus próprios desafios, isto porque, cada novela aborda diferentes temas e ideias que temos de transportar para tudo aquilo que criamos. Por exemplo, o desafio torna-se maior quando temos uma produção de época, onde tudo o que criamos tem de transportar o telespectador para uma época ou sítio específico, mas o resultado é muito gratificante quando sentimos que conseguimos criar essa ligação temporal com o telespectador.

 

Como é feita a construção gráfica de uma ideia que vos é passada pela produção de uma novela ou série?

Recebemos briefings diariamente e, por norma, temos sempre em mãos no mínimo dois projetos, cada um deles com a linha gráfica definida por nós e aprovada pela coordenação do projeto. A partir daqui todos os pedidos são efetuados tendo em conta toda a imagética definida, tanto para personagens, como para cenários. Por exemplo, na produção de SANGUE OCULTO, foi-nos pedido que a linha gráfica da novela fosse clean e vivesse muito de cor, bem como todo o material gráfico vivesse à volta de filmes e séries que marcaram a história do cinema.

 

De todos os projetos de ficção que já foram feitos pela SP Televisão qual o mais desafiante e o que melhor resultou?

 É difícil escolher um em específico, pois já trabalhei em alguns projetos, mas acho que o mais desafiante foi o CONTA-ME COMO FOI, para a RTP. Esta série passa-se na década de 80, inícios de 90, e tivemos de produzir conteúdos exatamente como eram naquela altura. Lembro-me que um dos décores era um quiosque no Jardim da Estrela, onde se vendiam os jornais da época (JN, EXPRESSO, DIÁRIO DE LISBOA, A BOLA, ÊXITO, SETE, TAL&QUAL, BLITZ, JORNAL DO INCRÍVEL, A CAPITAL, etc.), revistas, jogos de sorte, entre outros. Neste caso, foi preciso ir à Biblioteca Nacional fazer um levantamento de jornais, revistas e publicidades daquela época e de acordo com os eventos marcantes que se iriam cruzar com a narrativa, como por exemplo, o Grupo FP25, inauguração do Centro Comercial Amoreiras ou mesmo o caso da Dona Branca). Só para cenário do quiosque, nós recuperámos e restaurámos mais de uma centena de jornais e revistas, e no final o resultado foi bastante positivo.

Galeria

RÓTULOS ÁGUAS SANGUE OCULTO
RESTAURO CAIXA DO BARCO PIRATA PLAYMOBIL CONTA ME COMO FOI
PEREDE 1
PAREDE 2
JORNAIS DECADA DE 8090 CONTA ME COMO FOI
FOTO MONTAGEM ALMA E CORAÇÃO
EXEMPLO CARTAZES SANGUE OCULTO
EXEMPLO CARTAZES AMOR AMOR
EXEMPLO CARTAZ GLÓRIA
CAIXA DE JOGO SUBBUTEO CONTA ME COMO FOI
BRANDING DE ÉPOCA PARQUE CAMPISMO CONTA ME COMO FOI
RÓTULOS ÁGUAS SANGUE OCULTO
RESTAURO CAIXA DO BARCO PIRATA PLAYMOBIL CONTA ME COMO FOI
PEREDE 1
PAREDE 2
JORNAIS DECADA DE 8090 CONTA ME COMO FOI
FOTO MONTAGEM ALMA E CORAÇÃO
EXEMPLO CARTAZES SANGUE OCULTO
EXEMPLO CARTAZES AMOR AMOR
EXEMPLO CARTAZ GLÓRIA
CAIXA DE JOGO SUBBUTEO CONTA ME COMO FOI
BRANDING DE ÉPOCA PARQUE CAMPISMO CONTA ME COMO FOI
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