Aqui tão longe

AQUI TÃO LONGE

A distância entre o que se precisa e o que se tem é cada vez maior…

Portugal acorda em choque ao saber da notícia da queda de um avião de uma companhia aérea nacional. Tudo aponta para que tenha sido um atentado, mas nesse momento a realidade portuguesa transforma-se da noite para o dia.

Quando o mundo se desagrega à sua volta, Júlia põe tudo em causa. Questiona se vale a pena abdicar de tanta coisa em prol da família, pois quase perdeu a filha Cristina, que chegou atrasada ao fatídico voo, e os media chamam-na a única sobrevivente. Cresce a desconfiança nas redes sociais: saberia ela do que estava para acontecer?

Carlos, padrasto de Cristina, é um homem desesperado. Tem uma amante, Ana, e a proximidade entre os dois só serve para que se sinta cada vez mais distante do homem que desejava ser. Não tem nada para dar a um país que também pouco ou nada tem para lhe oferecer. Pedro, o irmão adolescente de Cristina, quer assumir o papel de homem da casa numa altura em que a família, a par do país, se desagrega. O avô Afonso, relojoeiro reformado, continua a falar com a falecida mulher, pois sente-se mais próximo dela do que dos vivos.

Sobre João, namorado de Cristina, recaem suspeitas de que possa ser, de alguma forma, responsável pela queda do avião. Vive com a avó, Lurdes, que se faz de mais distraída do que é porque ouve as conversas suspeitas entre o neto e Martim, o hóspede.